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Bom Dia,

Já há muito que não escrevia aqui, nem aqui nem em lado nenhum a bem da verdade.
Por terras Londrinas a terra continua a girar, mas de forma controlada. Controlada por vídeocâmaras de segurança que vigiam todos os movimentos, a qualquer hora, de qualquer tipo, tudo é suspeito. Por enquanto os movimentos intestinais estão a salvo desta paranóia de irmão grande, mas eu acredito que planos há para também aqui ganhar controlo. O que é preciso é não haver BI.
Eu por minha parte cá ando de um lado para o outro sem chatear ninguém, pelo menos não mais, tanto em quantidade como em qualidade, do que os meus direitos o permitem.
Continuamos a nossa vida de picofundiários mas agora sem a presença do Gallus gallus que sucumbiram as mãos do nosso senhorio, com a minha cumplicidade na pendura dos corpos. Duas das quais eu até tive que esfolar (depenar é para maricas) e tirar todas as miudezas. Tarefa não muito apreciada. Os corpos ainda jazem no congelador, aguardando pela passagem do período de nojo.
Os meus peixes lá vão nadando como deus quer, ou às vezes como eu quero. Estou a gostar, principalmente do facto de ser um instituto descontraído, sem grandes pressões de trabalho. Aposto que aos fins de semana não deve haver muita gente, aposto porque a curiosidade não é assim tão grande.
Faz uma semana, no dia da criança para ser mais preciso, que organizei um grupo de pessoas do instituto para pintar um mural numa escola primaria. Parte da semana nacional de voluntariado e com o objectivo de ajudar a comunidade local. Quem me conhece conhece também os meus dotes artísticos e deve estar a temer o pior para as pobres das criancinhas. Pois é, mas felizmente os outros eram bem mais talentosos que a minha pessoa. A foto mostra como ficou (o balao e o esquiador fui eu que fiz, entre outros), as crianças adoraram e eu também.
De resto já fiz a minha estreia nas praias britânicas e, graças a uma central nuclear que mantém a água quentinha, até soube bem... para mar do norte é claro.
Quarta estou de volta para o casamento da Patanisca e para conhecer a maravilhosa Inês que ainda tem os três.
Depois deste longo ensaio aqui me despeço, sem antes de dizer Rui, és um murcão (seguro, tenho a certeza que ele não tem paciência de ler tudo até aqui...) Até breve,

Joao