quarta-feira, novembro 14, 2007

Os ordenados dos investigadores em Portugal??

Ola' a todos,



Vi hoje esta noticia no publico sobre os salarios dos investigadores em Portugal. Ao que parece, a media esta' nos 29.800EUR anuais!

"Investigadores portugueses recebem salários inferiores comparativamente à média da União Europeia
14.11.2007, Bárbara Wong
Portugal, a meio da tabela, paga pior no sector privado e faz distinções entre homens e mulheres
Em Portugal, os investigadores recebem, em média, 29 mil euros anuais. Menos sete mil do que a média dos 25 Estados da União Europeia (UE). Os dados estão no Estudo das Remunerações dos Investigadores dos Sectores Público e Privado, que foi ontem divulgado pela Comissão Europeia. Se estes valores forem comparados com os dos EUA, Austrália ou Japão, as disparidades ainda são maiores. Em média, um japonês ganha 68.872 euros/ano. Dentro da UE, as variações são imensas: na Letónia, o país com a remuneração anual mais baixa, o valor é de dez mil euros; do outro lado da tabela está o Luxemburgo, com quase 64 mil euros anuais. "A grande disparidade entre os salários de certos países da UE contribui para que os melhores investigadores procurem oportunidades noutras partes do mundo", alerta Janez Potocnik, comissário europeu para a Ciência e Investigação, em comunicado, acrescentando que alguns Estados devem dar mais atenção aos que fazem um "trabalho vital para o nosso futuro".No caso português há grandes diferenças entre quem está no sector público e no privado. Um investigador numa empresa pode ganhar 22.673 euros anuais, ao passo que se estiver ligado ao ensino superior o seu salário sobe para os 27.495. Mas é nos laboratórios do Estado que estes profissionais são mais bem remunerados, com uma média anual de 39.893 euros. Manuel Pereira dos Santos, dirigente da Federação Nacional dos Professores, critica o Governo por não criar carreiras para os investigadores mais jovens que trabalham como bolseiros, sem contratos, nem benefícios sociais, mas que fazem investigação como os demais. "O investimento em investigação não tem sido feito na valorização dos recursos humanos", confirma André Levy, presidente da Associação de Bolseiros de Investigação Científica. Segundo dados de 2003, em Portugal havia um défice de dez mil investigadores e não é o programa do Governo (que prevê celebrar contratos de cinco anos com cerca de mil investigadores) que permite combater essa falta, aponta Levy. O estudo indica ainda que em Portugal existe uma diferença superior a 35 por cento entre os salários dos homens e das mulheres. O mesmo acontece na República Checa e na Estónia. O estudo é resultado de um inquérito feito a cerca de 10 mil investigadores. Foram consideradas as respostas de quem dedica pelo menos metade do seu tempo à investigação."

Ora bem, o que eu nao percebo e' se estamos a falar de salario bruto ou liquido e quem e' que os ganha! Os bolseiros nao serao concerteza! Alguem tem uma ideia?

Rui

quinta-feira, outubro 25, 2007

Parabens!!! Carla

Ja' sabia e provavelmente ja' sabem mas nao ha' como ver para crer. Aqui esta' o produto do trabalho desta nossa amiga cientista publicado numa das melhores revistas, a Nature:

Nature 449, 1053-1057 (25 October 2007) | doi:10.1038/nature06206; Received 5 July 2007; Accepted 30 August 2007

PLETHORA proteins as dose-dependent master regulators of Arabidopsis root development

Carla Galinha1,2,3, Hugo Hofhuis1,2, Marijn Luijten1, Viola Willemsen1, Ikram Blilou1, Renze Heidstra1 & Ben Scheres1

  1. Department of Biology, Faculty of Science, Utrecht University, Padualaan 8, 3584 CH Utrecht, The Netherlands
  2. These authors contributed equally to this work.
  3. Present address: Department of Plant Sciences, University of Oxford, South Parks Road, Oxford OX1 3RB, UK.

Correspondence to: Ben Scheres1 Correspondence and requests for materials should be addressed to B.S. (Email: b.scheres@uu.nl).

Factors with a graded distribution can program fields of cells in a dose-dependent manner1, 2, but no evidence has hitherto surfaced for such mechanisms in plants. In the Arabidopsis thaliana root, two PLETHORA (PLT) genes encoding AP2-domain transcription factors have been shown to maintain the activity of stem cells3. Here we show that a clade of four PLT homologues is necessary for root formation. Promoter activity and protein fusions of PLT homologues display gradient distributions with maxima in the stem cell area. PLT activities are largely additive and dosage dependent. High levels of PLT activity promote stem cell identity and maintenance; lower levels promote mitotic activity of stem cell daughters; and further reduction in levels is required for cell differentiation. Our findings indicate that PLT protein dosage is translated into distinct cellular responses.


Eu nunca leio artigos com esta plantinha tao simpatica mas vou ler este.

Beijinhos e abracos em especial para a Carla

segunda-feira, setembro 17, 2007

Parabens aos NOIVOS!!!!


Aqui fica para a posteridade uma foto do Casamento do Rui e da Carla com os biotretas presentes.

Foi uma festa muito bonita e gostei muito de vos ver a todos.

sexta-feira, julho 06, 2007

Só para Trintões...

Artigo de Nuno Markl - para a geração dos 30

A juventude de hoje, na faixa que vai até aos 20 anos, está perdida. E
está perdida porque não conhece os grandes valores que orientaram os
que hoje rondam os trinta. O grande choque, entre outros nessa
conversa, foi quando lhe falei no Tom Sawyer. "Quem? ", perguntou ele.
Quem?! Ele não sabe quem é o Tom Sawyer! Meu Deus... Como é que ele
consegue viver com ele mesmo? A própria música: "Tu que andas sempre
descalço, Tom Sawyer, junto ao rio a passear, Tom Sawyer, mil amigos
deixarás, aqui e além..." era para ele como o hino senegalês cantado
em mandarim.

Claro que depois dessa surpresa, ocorreu-me que provavelmente ele não
conhece outros ícones da juventude de outrora. O D'Artacão, esse herói
canídeo, que estava apaixonado por uma caniche; Sebastien et le
Soleil, combatendo os terríveis Olmecs; Galáctica, que acalentava os
sonhos dos jovens, com as suas naves triangulares; O Automan, com o
seu Lamborghini que dava curvas a noventa graus; O mítico Homem da
Atlântida, com o Patrick Duffy e as suas membranas no meio dos dedos;
A Super Mulher, heroína que nos prendia à televisão só para a ver
mudar de roupa (era às voltas, lembram-se?); O Barco do Amor, que
apesar de agora reposto na Sic Radical, não é a mesma coisa. Naquela
altura era actual... E para acabar a lista, a mais clássica de todas
as séries, e que marcou mais gente numa só geração :

O Verão Azul. Ora bem, quem não conhece o Verão Azul merece morrer.
Quem não chorou com a morte do velho Shanquete, não merece o ar que
respira. Quem, meu Deus, não sabe assobiar a música do genérico, não
anda cá a fazer nada.

Depois há toda uma série de situações pelas quais estes jovens não
passaram, o que os torna fracos: Ele nunca subiu a uma árvore! E pior,
nunca caiu de uma. É um mole. Ele não viveu a sua infância a sonhar
que um dia ia ser duplo de cinema. Ele não se transformava num
super-herói quando brincava com os amigos. Ele não fazia guerras de
cartuchos, com os canudos que roubávamos nas obras e que depois
personalizávamos.

Aliás, para ele é inconcebível que se vá a uma obra. Ele nunca roubou
chocolates no Pingo-Doce. O Bate-pé para ele é marcar o ritmo de uma
canção.

Confesso, senti-me velho...

Esta juventude de hoje está a crescer à frente de um computador. Tudo
bem, por mim estão na boa, mas é que se houver uma situação de perigo
real, em que tenham de fugir de algum sítio ou de alguma catástrofe,
eles vão ficar à toa, à procura do comando da Playstation e a gritar
pela Lara Croft.

Óbvio,
nunca caíram quando eram mais novos. Nunca fizeram feridas, nunca
andaram a fazer corridas de bicicleta uns contra os outros. Hoje, se
um miúdo cai, está pelo menos dois dias no hospital, a levar pontos e
fazer exames a possíveis infecções, e depois está dois meses em casa
fazer tratamento a uma doença que lhe descobriram por ter caído.
Doenças com nomes tipo "Moleculum infanticus", que não existiam
antigamente.

No meu tempo, se um gajo dava um malho muitas vezes chamado de "terno"
nem via se havia sangue, e se houvesse, não era nada que um bocado de
terra espalhada por cima não estancasse.

Eu hoje já nem vejo as mães virem à rua buscar os putos pelas orelhas,
porque eles estavam a jogar à bola com os ténis novos. Um gajo na
altura aprendia a viver com o perigo. Havia uma hipótese real de se
entrar na droga, de se engravidar uma miúda com 14 anos, de apanharmos
tétano num prego enferrujado, de se ser raptado quando se apanhava
boleia para ir para a praia. E sabíamos viver com isso. Não estamos
cá? Não somos até a geração que possivelmente atinge objectivos
maiores com menos idade? E ainda nos chamavam geração "rasca"...

Nós éramos mais a geração "à rasca", isso sim. Sempre à rasca de
dinheiro, sempre à rasca para passar de ano, sempre à rasca para
entrar na universidade, sempre à rasca para tirar a carta, para o pai
emprestar o carro. Agora não falta nada aos putos.

Eu, para ter um mísero Spectrum 48K, tive que pedir à família toda
para se juntar e para servir de presente de anos e Natal, tudo junto.
Hoje, ele é Playstation, PC, telemóvel, portátil, Gameboy, tudo.

Claro, pede-se a um chavalo de 14 anos para dar uma volta de bicicleta
e ele pergunta onde é que se mete a moeda, ou quantos bytes de RAM tem
aquela versão da bicicleta.

Com tanta protecção que se quis dar à juventude de hoje, só se
conseguiu que 8 em cada dez putos sejam cromos.

Antes, só havia um cromo por turma. Era o totó de óculos, que levava
porrada de todos, que não podia jogar à bola e que não tinha
namoradas.

É certo que depois veio a ser líder de algum partido, ou gerente de
alguma empresa de computadores, mas não curtiu nada.

sexta-feira, maio 04, 2007

Curiosidades...

So' para ver se alguem ainda visita o blog de quando em vez, resolvi dar uma espreitadela... Parece que andamos todos ocupados ou sem novidades para partilhar. Porque hoje e' sexta e a malta ja' encetou a romaria semanal ao Pub mais proximo, aqui estou eu, que nao vou em romarias (bom, `as vezes...). Tenho andado a tomar atencao a uma serie de blogues ultimamente onde se discute teoria da evolucao vs creacionismo (ou design inteligente, a roupagem nova que lhe deram). Vejam, a proposito, aqui. Tudo comecou com um tal de Jonatas Machado, advogado (!) que defende a ideia de design inteligente. Para apoiar esta "nova" corrente de pensamento com dados experimentais, o famoso (ou infame?) Institute for Creation Research criou uma nova revista, a International Journal for Creation Research, pelos vistos com peer-review. Deem uma vista de olhos aqui e se ficarem curiosos, vejam a orientacao editorial. Aqui vai um bocadinho para adocar a boca:


"7. Paper Review
Upon the reception of a Paper the Editor-in-Chief will follow the procedures below:

1. Receive and acknowledge the Author of His/Her Paper’s receipt.

2. Review the Paper for possible inclusion into the IJCR review process.

The following criteria are to be used in judging the papers:
(a) Is the Paper’s topic important to the development of the creation model?
(b) Does the Paper’s topic provide an original contribution to the creation model?
(c) Is this Paper formulated within a young-earth, young-universe framework?
(d) If (c) above is not satisfied, does this Paper offer a very constructively-positive
criticism and provide a possible young-earth, young-universe alternative?
(e) If the Paper is polemical in nature, does it deal with a topic rarely discussed
within the origins debate?
(f) Does this Paper provide evidence of faithfulness to the grammatico-historical/
normative interpretation of Scripture? (if necessary refer to Walsh, R.E., Biblical
Hermeneutics and Creation, Proceedings First International Conference on
Creationism, Creation Science Fellowship, Inc., Pittsburgh, PA, 1986, Vol. 1,
pp. 121–127)."


Se tiverem resultados que nao conseguem explicar, metam-lhe umas frases a sugerir intervencao divina ou design demasiado inteligente e mandem para o IJCR...

E esta, hein?

Rui

quinta-feira, janeiro 18, 2007

Petition for guaranteed public access to publicly-funded research results

não chega as revistas PLoS! queremos mais!
toca a assinar esta petição para facilitar o acesso gratuito a publicações obtidas devido ao financiamento público! http://www.ec-petition.eu

segunda-feira, janeiro 15, 2007

onde é que está o raio do livro de instruções????

Boas pessoal.
Cá estamos para um mais um ano pela frente!
Deixo mais um belo sítio que encontrei por motivos de força maior.
Eu não sou muito organizado, mas quantas vezes vos aconteceu que precisavam de consultar o manual instruções do telemóvel, televisão, máquina de lavar roupa, etc e não havia modo de o encontrar? Nunca? Então parabéns! Caso não seja assim, não há problema! Basta passar por http://www.instruccionesweb.com/ e já está!
Uma colecção enorme de todo o tipo de aparelhos para que não haja stress quando procuramos o raio do manual de instruções.

beijos